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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

YOU TUBE COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA: VÍDEOS PARA DEBATES SOBRE QUESTÕES RACIAIS PARA JOVENS ADOLESCENTES

Uma pedagogia que leve em conta as subjetividades do educando está na ordem das emergências na educação!!!
Planejamos primeiramente os conteúdos e atividade para em outra oportunidade conhecer o sujeito que a receberá. Se é que todo professor tem essa preocupação!? 
Nomes, valores, gostos, desgostos, auto-estima, de onde vei e para onde vai, perspectivas, entre outras questões devem está presentes em sala de aula e no debate entre professor aluno para que favoreça e possibilite a realização de um "cardápio pedagógico" desejoso e coerentes a realidade do público alvo. 

Com toda essa onda de "lan hause" populares favorecendo aos jovens de todas as classes sociais, os vídeos postados no you tube podem fazer parte de propostas de atividades que levem uma linguagem menos formal que a acadêmica para a reflexões que posteriormente devem fazer parte do debate dentro de sala com o professor.


Nesta manhã encontrei 3 vídeos sobre as TEMÁTICAS RACIAIS no qual achei que vale a pena compartilhar para fomentar atividades e discussões sobre Racismo, Discriminação e Preconceito Racial na atualidade.
Dêem uma olhadinha:

Sobre BBB 12:


Sobre: Racismo Psicológico



Sobre: Não somos macacos!

 
Inté!!!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

FORMAÇÃO CONTINUADA: UMA URGÊNCIA NA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS

Semana Pedagógica - Projeto Crescendo com Manguinhos 2010.

Fiz pedagogia, psicopedagogia, história e esqueceram de falar das relações raciais na educação, é mole!?
Se Freire diz que educar é um ato político, acho que esse esquecimento pode não ter somente relação com um descuido... Enfim, não adianta reclamar o leite derramado!!!! Temos que ir a luta... Foi assim que o povo negro conseguiu chegar aos dias atuais, vivendo, aprendendo, fazendo, reinvindicando...


Acredito que as palavras de ordem e, em emergência para nós educadores é “Formação Continuada”. Sem permanecer em metamorfose intelectual não dá para fazer valer uma educação de qualidade que atenda as demandas e transformações sociais!!!!

Em minhas andanças tive a oportunidade de participar das 10 Conferências sobre África e Africanidades na UERJ em 2010 tive a felicidade e perspicácia de ouvir e pegar o contato de Angela Maria Pereira Ramos que trouxe a temática da Literatura infantil e as questões raciais.
Tive a oportunidade de conhecer seu artigo “Tem negro nessa história” no qual fiquei muito encantada, e que de alguma forma me iniciou na temática. Segue o link de onde encontrá-lo:

Angela Ramos
Como meu lema tem sido “multiplicar o pão” tratei de convidá-la para vir e falar com minha equipe de trabalho sobre suas pesquisas relacionadas ao tema, e com muito talento Angela Ramos trocou conosco suas experiências em educação das relações étnico raciais na literatura, trabalhou com dinâmicas, trouxe livros, trecho de vídeos para reflexões, etc.  
                                     Eu iniciando a caminhada... ainda com meus alisados cabelos.


Vídeo para Reflexão: Os perigos de uma única história


Espero que procurem caminhos como esse e se retroalimentem para missão educar, numa perspectiva de transformação e justiça racial!!!!
Inté!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS AFRICANAS

A semana da Consciência Negra 2011 contou também com uma tarde de contação de histórias africanas e foi uma delícia!!!!

Em minhas andanças, participei de uma oficina com o autor Rogério Andrade especialista em contos africanos, e lá tive o imenso prazer de conhecer Perses Canellas responsável por um Espaço Griot de uma escola pública em Niterói. Uma sala maravilhosa que contempla nossa diversidade étnica e favorece a implementação da lei federal 10.639/03 (estabelece a obrigatoriedade do ensino da História da África e da História e Cultura Afro-brasileira nas escolas das redes públicas e privadas do país).
Rogério Andrade - Oficina Griot

                                                           Evento em Agosto de 2011


Após ir com minha equipe de trabalho “beber daquela água” conseguimos trazer Perses e seus contos para o projeto.
Foi uma tarde linda e fiquei surpresa por ter conseguido por mais de 1 hora prender nossos jovens sentados e atentos com belíssimas histórias e contos africanos de literaturas infanto-juvenil.

Os jovens ficaram tão empolgados que além de conhecer a África através das histórias e do Mapa que não pode faltar, responder a adivinhações propostas nos contos e cantar músicas em línguas africans ainda tiveram o prazer de produzir suas próprias histórias e dividir com o grupo.

O que aparentemente é um desafio transforma-se numa maravilhosa experiência, aproximando as relações entre África e Brasil, apoiando a luta a favor da diversidade, do respeito e da busca por justiça racial!!!!!


Indico aqui as Edições Paulinas e a Livraria Kitabu que disponibiliza alguns títulos que contemplam a temática da literatura africana.
Até mais!

DESFILE FASHION AFRO - Uma estratégia para cumprimento da Lei Federal nº10.639/03

Embora a temática das relações étnico raciais na educação estejam inseridas em minhas práticas pedagógicas diárias, a partir de mediações diretas, críticas e reflexivas diante de qualquer conflitos, principalmente dos de cunho discriminatórios e racistas, sob a preocupação de ter livros de literatura infanto-juvenil que contemplem histórias de África e de personagens afrodescentes, trazendo aos encontros personalidades negras que se destacaram na sociedade brasileira, utilizando os vídeos Herois de todo mundo do material pedagógico do projeto "A cor da Cultura", tenho a imensa alegria em poder festejar com louvor a semana da Consciência Negra no Projeto Social que trabalho.
Este ano com a parceria de Riva's Produções e da maravilhosa participação voluntária de D. Rivanilda, tivemos a oportunidade de trazer um pedaço da África para Manguinhos.
Promovemos 4 dias de atividades direcionadas as questões raciais, e uma delas foi o Desfile Fashion Afro.
 Fizemos questão de trabalhar tirando em absoluto qualquer tom folclórico da atividade.
 Durante 2 meses trabalhamos com a temática Diversidade com foco na Lei 10.639/03 (que estabelece obrigatoriedade do ensino da História da África e da História e Cultura Afro-brasileira nas escolas da rede pública e particulares), e com isso trouxemos a África a partir da Etnia Ndebele, situando-a geograficamente na África do Sul com a utilização de mapas, favorecendo a apresentação da geografia do continente como um todo possibilitando explorar outros países tão falados e poucos reconhecidos como africanos como Madagascar, Egito e Marrocos, falamos de cultura, costumes, diferenças, valores e descobrimos como tudo isso faz parte de nós, de nossa essencia cultural brasileira.



Cada vestimenta tem sua história e seus porquês, e no dia de experimentá-las os jovens matavam suas curiosidades a cerca de cada peça que "descobriam". Uns achavam estranhas, outros exóticas, mais a maioria estava curtindo a novidade e a possibilidade de representar um país.  Para tudo isso contamos com a disponibilidade de D. Rivanilda que além de disponibilizar as roupas ainda ficou a frente de uma dança afro com músicas brasileiras, envolvendo todo o grupo que participou da atividade.

Cada jovem foi representante de um país africano e durante o desfile o público escutava a narração de algumas características geográficas e culturais daquela Nação.

Nesta data tivemos a presença de um padre Congolês que falou algumas palavras sobre o evento, agradecendo o bonito trabalho que divulga essa África ainda tão desconhecida por nós brasileiros.
Considero o evento muito positivo, embora o tempo limitou que pudéssemos explorar ainda mais nossa Mãe África!!! Embora penso que, se não damos conta de desenvolver um trabalho que abrace toda diversidade cultural do nosso Brasil, seria muita pretenção querer trazer à luz todo um continente e suas africanidades!!!




Espero ter colaborado com mais uma possibilidade de atividade que promova cidadania aos afrodescendentes a partir da compreensão, respeito e valorização da história de seus antepassados, negada sistematicamente em nossos currículos escolares, favorecendo a positivação de identidades e alimentando auto-estimas de maneira saudável. Assim como os alunos não-negros que tem a possibilidade de perceber-se mestiço, herdeiro dessa Mãe África e pertencentes a uma sociedade brasileira que luta para a queda das hierarquias raciais.
Abraço a todos!